Phia Ménard - Cie Non Nova (França)

L’Après-Midi d’un Foehn - version 1


Um fantástico ballet aéreo para sacos de plástico! 
Phia Ménard concebeu marionetas a partir de sacos de plástico, criando um espectáculo único! Como um sonho e para todas as idades!

SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL - Sala Mário Viegas
18 e 19 de Maio às 10h30 e 14h30 (Quinta e Sexta)
20 e 21 de Maio às 11h e 16h (Sábado e Domingo)
São Luiz Mais Novos
Estreia Nacional

Direcção artística, coreografia e cenografia: Phia Ménard Assistida por: Jean-Luc Beaujault Interpretação: Jean-Louis Ouvrard Composição sonora: Ivan Roussel, a partir da obra de Claude Debussy Direcção Técnica: Olivier Gicquiaud Concepção de marionetas: Phia Ménard, com construção de Claire Rigaud Operação de som: Mateo Provost Co-directora, administração e difusão: Claire Massonnet Produção: Clarisse Mérot Comunicação: Adrien Poulard Fotografias: Jean-Luc Beaujault Apoios: Institut Français, Fondation BNP Paribas. A Compagnie Non Nova é convencionada pelo Ministère de la Culture et de la Communication - DRAC des Pays de la Loire, Conseil Régional des Pays de la Loire, Conseil Général de Loire-Atlantique, Ville de Nantes. A companhia está sediada em Nantes. A Compagnie Non Nova / Phia Ménard é artista associada ao Espace Malraux / Scène Nationale de Chambéry et de la Savoie, ao Théâtre Nouvelle Génération - Centre Dramatique National de Lyon e ao Centre chorégraphique national de Caen, Normandia Técnica: Manipulação de matérias Idioma: Sem palavras Público-Alvo: +5 Duração: 25 min.
Apoio à apresentação: Institut Français du Portugal, em parceria com o Institut Français em Paris, no âmbito do foco sobre a criação contemporânea francesa em 2017
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Um fantástico ballet aéreo para sacos de plástico!

Phia Ménard concebeu marionetas a partir de sacos de plástico, criando um espectáculo único.

Através de múltiplos ventiladores, pequenas criaturas ganham vida, dançam e voam no ar ao som de Claude Debussy. No palco, um misterioso marionetista evolui no meio destes seres frágeis e interage com eles. Sem necessidade de os tocar, desenvolve uma coreografia com marionetas movidas por correntes de ar. Aqui é onde a aventura começa. Somos testemunhas de encontros casuais, uma estrela de ballet nasce diante dos nossos olhos, vemos um dueto, e até mesmo um monstro que se aproxima... para além de choques cheios de humor.

Estes bailarinos translúcidos deslizam no ar como que por magia, atravessados pela carícia do vento, criam uma coreografia aérea incrível e parecem tornar-se cada vez mais humanos com a sua espantosa liberdade de movimentos. A gravidade já não existe e aventuras sem limites enchem este espectáculo mágico.

Entre malabarismo, teatro de objectos e dança, crianças e adultos deixam-se levar maravilhados por esta história sem palavras, com uma poesia delicada e surpreendente.








Phia Ménard manipula tudo - excepto marionetas tradicionais - e faz malabarismo com tudo - excepto com bolas! 

A directora artística da Compagnie Non Nova prefere trabalhar com objectos que não podemos tocar e que dificilmente se deixam abordar. Desta vez, a artista resolveu explorar um material que não vemos e é impalpável: o vento. É a partir do seu sopro imprevisível, às vezes suave, outras vezes violento, que foi buscar inspiração para "L’Après-midi d’un Foehn", um encantamento insólito para personagens feitas com sacos de plástico. Levadas por esta respiração, as pequenas criaturas coloridas ganham vida, dançam e voam no ar ao som de "Prélude à l’après-midi d’un faune" [Prelúdio à tarde de um fauno] de Claude Debussy, neste caso o fauno transforma-se no "Foehn", vento transalpino seco e quente. Com uma simplicidade desarmante, Phia Ménard convida-nos a "olhar para as coisas de forma diferente", oferecendo-nos um espectáculo que desafia as leis da gravidade para libertar a nossa imaginação. Neste caso, escolheu um objecto desprovido de humanidade e que produz poluição extrema, se não for reciclado: um saco plástico. A construção de uma personagem graciosa e cativante a partir da modelagem de um saco de plástico simples, aumenta a intervenção do ser humano, porque quem faz a marioneta, é também quem lhe dá vida.

Uma ode aos objectos quotidianos e ao seu potencial de transformação.



"Nem o próprio Nijinsky quando dançou o papel do Fauno de Debussy deve ter provocado no seu público o mesmo estado de encantamento da bailarina principal da Cie Non Nova (...). Enquanto flutua e sobe ao sabor de grandes correntes de ar, outra bailarina junta-se a ela, num pas de deux cheio de ternura e de humor. Mais bailarinos são lançados, até que rapidamente se forma um alegre corpo de ballet que roda e salta no ar. Numa brilhante metáfora de arte e imaginação, a Compagnie Non Nova transforma o que são, basicamente, sacos de lixo, numa interpretação improvável e perfeita da partitura de Debussy."
- Judith Mackrell, The Guardian

“Ao tentar domar o vento, o marionetista transforma uma nuvem de sacos de plástico azuis, rosas e verdes num ballet sublime e impressionante. Dezenas destes, intrépidos e frágeis, como pequenos Nijinsky, até o último suspiro das máquinas de vento. (...) Um encantamento sublime que captura os sorrisos dos espectadores, incluindo os mais pequenos, uma vez que o espectáculo é para maiores de 5 anos. Excepcional!”
- Thierry Voisin, Télérama


BIO
Phia Ménard (1971), artista singular e fascinante, formou-se em dança contemporânea, mímica, malabarismo e interpretação. Ingressou na companhia de Jérôme Thomas e durante a digressão internacional de Hic hoc sentiu vontade de escrever, através da sua própria visão, as formas de arte contemporâneas. Criou inúmeros espectáculos para a companhia até 2003, como Le Socle e Le Banquet, entre outros. Aclamada pela sua forma original e particular de trabalhar, tem sido convidada como artista associada por várias companhias.
Em 2008 revelou a sua nova identidade na sequência da sua decisão de mudar de sexo. 
Em 2014 recebeu a condecoração de Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres e tornou-se artista associada do Scène nationale de Chambéry et de la Savoie por quatro anos.
Em 2015 tornou-se artista associada da Théâtre Nouvelle Génération - Centre Dramatique National de Lyon e Centre Chorégraphique National de Caen / Basse-Normandie, para os anos de 2016 a 2018.

A Compagnie Non Nova foi fundada em 1998 por Phia Ménard, com o desejo de se aproximar do malabarismo de diferentes ângulos, lançando um novo olhar sobre esta disciplina, através da estrutura cénica e dramatúrgica de cada peça. O princípio fundador da companhia é: "Non nova, sed nove" ("Não coisas novas, mas novos caminhos"). Os seus múltiplos projectos multidisciplinares juntam artistas, técnicos e pensadores de outras latitudes com experiências diferentes. Este grupo não é um colectivo, mas uma equipa de profissionais, com Phia Ménard a cargo da direcção artística. Após ter criado cercas de dez projectos, a companhia lançou-se num processo de pesquisa “I.C.E.”, Injonglabilité Complémentaire des Éléments, que consiste numa abordagem criativa, intelectual e imaginativa sobre o conceito de transformação, de erosão ou de sublimação de matérias ou materiais naturais, como o gelo, a água, o vapor, o vento... e as suas interacções com os comportamentos humanos, físicos ou psicológicos. Até ao momento, foram iniciados três ciclos: “Pièces de glacé” [peças de gelo]: P.P.P. (2008), ICE MAN (2009), Black Monodie (2010). “Pièces du vent” [peças do vento]:  L’Après-midi d’un Foehn - version 1 (2008), L’Après-midi d’un Foehn et Vortex (2011). “Pièce de l’eau et de la vapeur” [peças de água e de vapor]: Belle d’Hier (2015). Os espectáculos da Cie Non Nova têm sido apresentados por todo o mundo. L’Après-midi d’un Foehn - version 1 recebeu o Prémio Festival Fringe de Edimburgo 2013 na categoria “Physical/Visual Theatre”.